Chutômetro das Ondas 31-10

Sábado dia 31/10 – Meio metro séries maiores, podendo chegar a um metro nas praias que recebem melhor a ondulação de leste/sudeste. Vento leste/nordeste fraco pela manhã, passando a leste forte a tarde.
Melhores condições : Macumba e Arpoador no meio do dia.

Domingo dia 01/11 – Meio metro séries maiores nas praias que recebem melhor a ondulação de leste/sudeste. Vento leste/nordeste fraco pela manhã, passando a leste forte a tarde.
Melhores condições : Meio da Barra, Reserva e Macumba.


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Carta ao Conselho da ABRASP

 

Depois de 10 anos cuidando da parte executiva da ABRASP, tive o prazer de ser convidado para trabalhar em três etapas do Super Surf 2015 fazendo parte da equipe de transmissão da web. Para quem dedicou parte da vida ao esporte, foi uma grande satisfação fazer parte do recomeço de algo tão significativo para o surf profissional brasileiro. O Super Surf, como falei em outro texto, tem uma importância enorme para o nosso esporte. Fiz um texto elogiando a volta do circuito, pedindo vida longa a sua existência.

Porém, agora faço outro texto pedindo a análise pelo Conselho da ABRASP de algumas questões que observei e que, na minha opinião, acho que precisam ser reavaliadas. Meu intuito não é criticar, mas sugerir algo que seja positivo.

Não sou o dono da verdade e é claro que muitos vão divergir do que estou escrevendo. Mas a divergência de pensamentos sempre é válida para se evoluir. Começo pela quantidade de baterias para serem feitas em cinco dias de competição. Oitenta e três baterias me parece algo totalmente fora da realidade para um tempo tão curto. Se tiver dois dias off, por falta de onda, ou algum imprevisto, a vaca começa a ir pra o brejo. Muitos vão dizer para abrir mais um dia, mas isso não é tão simples, pois o dinheiro normalmente é contado para se fazer cada etapa. Sempre foi assim. Acho uma temeridade fazer essa quantidade de baterias com, normalmente, um swell de três dias por semana que entra em nossas praias.

Das quatro praias escolhidas, apenas Ubatuba tem uma constância de ondas que tranquiliza a parte técnica do evento. Em Maresias, se a ondulação estiver vindo de leste, esquece. Saquarema tem seus dias de vento sudoeste forte quase impraticáveis. Joaquina é bem constante, mas o vento sul também estraga a ondulação. Quem conhece bem a praia de Florianópolis sabe que quando o sul entra pode ficar até três dias.

Ondas pequenas foram a tônica da etapa de Maresias . Foto : Smorigo

Ondas pequenas foram a tônica da etapa de Maresias . Foto : Smorigo

Graças aos deuses do esporte, neste ano não deu nada errado, mas em Maresias alguns atletas tiveram que tirar leite de pedra em dois dias quase flats. Com um menor número de baterias a possibilidade de os atletas surfarem em ondas melhores é muito maior. O cronograma não fica tão apertado e a competição pode fluir sem muitos estresses. Além disso, os juízes, por mais que tentem, não conseguem manter o mesmo grau de concentração com 10 horas trabalhadas. Acho uma temeridade para o espetáculo continuarem com essa maratona de baterias. Outra coisa que observei foi a pontuação dos estaduais em relação ao Super Surf. Neste primeiro ano de volta do circuito é compreensível que tenham dado mais pontos para os eventos de maior importância, mas colocar 6.000 pontos em um evento que dá 60 mil de premiação e 1.000 pontos em um estadual que dá 30 mil de premiação é desproporcional. O maior exemplo disso foi em Ubatuba. Na mesma praia, com os mesmos atletas, o Hizunome Bettero ganhou o paulista e levou 1.000 pontos. Um atleta do Super Surf, que entrou na quarta fase, e que não passou nenhuma bateria, fez mais que o dobro de pontos que o vencedor do paulista. Se isto não é um absurdo, me expliquem, por favor. Falando em quarta fase, que foi a escolha do formato do Super Surf 2015. Entendo que o circuito tentou acolher todos os atletas, mas o formato para 144 atletas seria bem melhor que o formato para 160, adotado neste ano. Seria melhor, principalmente, pela quantidade de amadores que participaram de cada etapa. Se fossem 144 atletas, poderia ter sido escolhido o formato do QS, com dois rounds para definir 48 atletas, seguindo o processo de eliminação. Seriam 11 baterias a menos, o que significa meio dia de evento. Além do mais, no formato atual, com três fases para chegar no round dos tops, mostra que eles são extremamente protegidos. Nenhum dos tops, que entraram em todas as etapas no quarto round, vai ficar de fora do circuito 2016, fechado para provavelmente 96 atletas. Mesmo perdendo em todas as etapas neste round.

Hizunome Bettero foi um dos destaques do Super Surf 2015. Foto: Smorigo

Hizunome Bettero foi um dos destaques do Super Surf 2015. Foto: Smorigo

 

Sinceramente, sou contra a qualquer tipo de formato protecionista. Acho que o CT nos mostra o melhor formato. Todos entram na mesma fase, com chances iguais no circuito, do começo ao fim. A renovação normalmente ocorre melhor dentro de formatos com mais igualdades de condições.

Depois de uma maratona de 332 baterias, Kristian Kymerson levou o caneco do circuito para o ES. Porém, o campeão brasileiro só vai sair depois da etapa de Torres, que será em dezembro. Muita gente acha que o capixaba é o campeão brasileiro, supondo que a última etapa do Super Surf definiria o campeão. A melhor forma de evitar essa confusão de rankings de 2015 seria terminar o circuito com a última etapa do Super Surf.

Sei que o Super Surf só fechou em maio e que tudo teve que ser ajustado para acomodar um circuito dentro de outro circuito, o que não é fácil. Conheço os trâmites da ABRASP e sei que a reunião de fim de ano define todas as regras do ano seguinte. Por isso, sugiro ao Conselho da entidade avaliar todos os problemas enfrentados em 2015 para que consigam evitar que isso ocorra novamente em 2016. Torço muito por isso.

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Ontem visualizei um post no Facebook onde Ricardo Toledo chamava a atenção da galera para o orgulho em ter a participacão de seu filho Filipe no filme que estreará em novembro com o havaiano John John Florence como principal estrela. Eu já sabia que John John estava produzindo um filme. O que eu não esperava era o nível que esta produção promete, ao menos após assistir um pequeno clip de apresentação de View From A Blue Moon, nome do que deve ser um dos melhores filmes da história do surf.

As filmagens começaram em 2014 e continuaram por todo este ano. Até no Brasil, durante e após a etapa brasileira da WSL, onde inclusive o havaiano lesionou o tornozelo, comprometendo sua temporada no Tour. Primeira producão do tipo filmada em tecnologia 4k (4x superior ao full hd com uma câmera chegando a custar 20 mil dólares), VFABM será certamente um divisor de águas para os amantes das imagens do nosso esporte. Primeiro, porque JJF é um show à parte. Sim, ele não é lá muito competitivo, mas certamente é um dos mais, se não for “o” mais, assistido surfista do planeta no momento. Já tivemos alguns caras com o life style que ele emana, tipo Dane Reynolds, Donavon Frankenreiter, Rob Machado, mas tão completo, penso que não.

Além do enorme talento, Florence tem um lado moleque, quase pueril, de quem ainda não rompeu da infância para a fase adulta. Aos 23 anos, completados no último dia 18, ele foi criado pela mãe e ajudou a sustentar a família desde muito pequeno. Considerado um fenômeno já aos seis anos, a aura em torno de si já seria suficiente para atrair milhões de fãs mundo afora para assistir ao filme. Juntando então um time de estrelas como Filipinho Toledo, Jordy Smith, Jamie O’Brien, seus tomados irmãos e até seu grande amigo Kiron Jabour (filho do big rider brasileiro João Maurício Jabour) em ondas mundo afora, a diversão parece garatida.

Com co-direcão do parceiro Blake Vincent Kueny (produziram juntos Done, vídeo lancado em 2013 também sobre JJF), a produção terá pré-estréia simultânea no dia 11 de novembro em sete cidades pelo globo, incluindo São Paulo.

Para finalizar, fica aqui a dica para quem tem bala na agulha e gosta do surf. Com uma leva de talentos como temos no momento, já passou da hora de produzirmos algo, se não for no mesmo nível, ao menos com qualidade. Com tanta porcaria ganhando verba do Governo Federal, acho que a galera do meio poderia se coçar e seguir os passos do havaiano apostando numa producão de qualidade, até no nosso litoral mesmo, tão lindo. Imagine ver Gabriel Medina ou o jovem Toledo sendo filmados em ângulos distintos com suas manobras inovadoras e suas personalidades carismáticas. Alô Oi, Jeep, Gillette… Vamos gastar um pouco e mostrar para o mundo que também sabemos fazer filmes de grande qualidade.

Mas enquanto isso, o negócio é dar uma espiada no trailer de View From A Blue Moon e aguardar ansioso.

 

Chutômetro das Ondas 24-10

— Sábado dia 24/10 Zona Oeste – Um metro, ondulação de sul, e vento oeste fraco de manhã, passando a sudeste forte a tarde. Melhores condições : Canto direito de Grumari, Prainha e Recreio.

Maré
Seca : 6:38 hs 0.1
Cheia: 13:17 hs 1.1

Sábado dia 24/10 Zona Sul – Aproximadamente um metro, ondulação de sul, e vento oeste fraco de manhã, passando a sudeste forte a tarde. Melhores condições : Posto 11 Leblon e Posto 8 Ipanema, caso o vento não aperte até as 12 horas.

Domingo dia 25/10 Zona Oeste – Meio a um metro de manhã, podendo aumentar a tarde. Ondulação de sul, e vento leste fraco de manhã, aumentando a tarde. Melhores condições : Meio da Barra e Macumba.

Maré
Seca : 7:28 hs 0.0
Domingo : 13:34 hs 1.2

Domingo dia 25/10 Zona Sul – Meio a um metro de manhã, podendo aumentar a tarde. Ondulação de sul, e vento leste fraco de manhã, aumentando a tarde. Melhores condições : Posto 11 Leblon depois das 10 hs.

Tendência de água quente.
Fonte : www.surfguru.com.br
Video EZALX

Foto: Minduim

Foto: Minduim

Chutômetro das Ondas 17-10

— Sábado dia 17/10 Zona Oeste – Aproximadamente meio metro, com ondulação de leste e vento sudoeste. Melhores condições : Prainha, mas vai ter o evento master da ASAP.

Sábado dia 17/10 Zona Sul – Até meio metro, com ondulação de leste e vento sudoeste. Fracas
condições.

Maré seca 11:54 0.5
Maré cheia 16:51 1.1

Tendência de água quente.

Domingo dia 18/10 Zona Oeste – Um metro e meio a dois metros, com ondulação de sudoeste e vento sudeste. Melhores condições : Grumari e Prainha canto direito, mas vai ter o evento master da ASAP.

Domingo dia 18/10 Zona Sul – Um metro e meio a dois metros, com ondulação de sudoeste e vento sudeste. Melhores condições : Pontão do Leblon

Maré seca 12:56 0.5
Maré cheia 17:23 1.0

Tendência de água quente.

Fonte : www.surfguru.com.br
Video @EZALX

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De Olho no Tour – Embolou geral

Confira o novo episódio do programa “De Olho no Tour”. Em “Embolou geral”, Carlos Matias (Ricosurf) e Marcelo Andrade (Surf100Comentários) recebem um convidado especial, Marcelo Boscoli, ex-atleta profissional e comentarista de surf.
No menu de assuntos a vitória espetacular de Gabriel Medina no CT francês, como ficou a briga pelo título mundial, o que esperar da etapa de Portugal e muito mais.

Vida longa ao Super Surf

 
Os últimos três anos foram de consolidação do surf brasileiro no
circuito mundial. Passamos a vencer mais campeonatos, tanto no CT
quanto no QS. Foi o chute na porta dos brasileiros, que passaram de
coadjuvantes a protagonistas. O título do Medina é a maior prova do
novo patamar alcançado por nossos atletas. Porém, dentro deste mesmo
período, o circuito nacional perdeu força e os atletas fora do
circuito mundial ficaram à deriva. Muitos perderam o patrocínio e a
situação chegou a um ponto em que todos ficaram preocupados com as
futuras gerações. Como produziríamos mais Medinas e Filipinhos sem
competições? Como formaríamos novos ídolos?
 
A verdade é que ficamos mal acostumados com o Super Surf e com o
Brasil Surf Pro. Tinham estruturas de circuito mundial, com premiações
que beiravam aos cem mil dólares por etapa. Voltar a participar
somente de regionais foi um retrocesso para os atletas depois de mais
de uma década de circuitos milionários. Para as meninas foi ainda
pior, porque nem regionais tiveram para alimentar suas carreiras. Três
anos de extrema dificuldade para os homens e de sofrimento para as
mulheres.
 
Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, as grandes empresas deixaram o
surf em busca de maiores oportunidades de retorno. A previsão era de
melhora somente depois de 2016, mas a conquista de um título mundial,
e a visibilidade que isto proporcionou, adiantou o processo de
retomada dos investimentos das grandes empresas no surf nacional. A
magnitude do evento do CT da Barra da Tijuca aumentou ainda mais o
espaço do esporte nas mídias não especializadas e o surf virou moda
novamente. Gabriel Medina se tornou o ídolo da vez. Depois de Ayrton
Senna, Gustavo Kuerten, e Neymar, Medina se tornou uma referência e o garoto
propaganda de várias marcas. O fracasso do Brasil na Copa e as poucas
possibilidades de sucesso nas Olimpíadas fizeram as empresas
repensarem suas ações estratégicas.

O título de campeão mundial de Gabriel Medina foi fundamental para a retomada do crescimento do surf nacional. Foto: WSL

O título de campeão mundial de Gabriel Medina foi fundamental para a retomada do crescimento do surf nacional. Foto: WSL

 
Neste embalo ressurgiu o Super Surf. Voltou mais modesto na premiação,
mas com a estrutura de antigamente. A Abrasp, Evandro Abreu e a
editora da revista Hardcore se juntaram para o renascimento do
projeto. Conseguiram trazer a empresa de telefonia Oi como
patrocinadora principal e também a Furnas e a Smolder para completar
as cotas. Trouxeram de volta o mais importante circuito nacional de
todos os tempos. Mesmo com uma das piores crises econômicas que
vivemos, o projeto seguiu em frente.
 
A empolgação dos atletas foi a maior possível. Seria uma nova
possibilidade de impulsionar a carreira, de conquistar novos
patrocínios para os seus bicos. As meninas não puderam comemorar como
os rapazes porque ficaram fora do projeto. De qualquer forma, foi um
grande recomeço.
 
Acompanhei de perto três das quatro etapas e posso afirmar que a
importância desta volta foi extrema. Os números comprovam mais que as
minhas palavras. Foram 160 inscritos nos três primeiros eventos e 156
no último. A quantidade de internautas acompanhando os eventos foi bem
significante. Mesmo com etapas do CT nas mesmas datas, o Super Surf
teve muita audiência. Amigos, parentes, fãs e amantes do esporte
acompanharam as disputas através de seus computadores, tablets e
smartphones. A revista Hardcore deu ampla cobertura e até as
concorrentes prestigiaram com algumas páginas de matéria sobre o
circuito. Vários veículos não especializados dividiram o espaço do CT
com o Super Surf. Até nisto demos sorte.
 
O circuito mostrou o confronto de gerações e os atletas mais novos
foram muitas vezes surpreendidos pelos mais experientes. Leo Neves,
perto dos 35 anos, ficou em segundo lugar em Floripa e venceu várias
baterias nas outras etapas. Até o final disputou o título de campeão
do Super Surf. Além dele, Victor Ribas, com seus 43 anos, mostrou surf
de garotão. Por outro lado, Samuel Pupo, Lucas Silveira, Wesley
Dantas, Marcos Côrrea, Wesley Santos, Deivid Silva e outros nomes que
não lembro agora nos deram esperanças de seguirmos no topo do surf
mundial por mais alguns anos. Estou muito confiante nessa garotada.
 
Depois de quatro etapas e trezentas e trinta e duas baterias, o
capixaba Kristian Kimerson se consagrou o grande campeão do circuito.
Foi a primeira vez que um atleta do estado venceu um circuito de nível
nacional profissional. Representou muito para o ES, mas o título de
campeão brasileiro de 2015 só sairá depois de uma etapa em Torres, que
não faz parte do Super Surf. Acredito que em 2016  isto não
acontecerá. Na minha opinião, foi uma tremenda confusão explicar este
fato para a imprensa.
Kristian Kimmerson é o primeiro capixaba com um título de circuito nacional pro.

Kristian Kimmerson é o primeiro capixaba com um título de circuito nacional pro.

 
Posso afirmar que o Super Surf estava fazendo muita falta para o surf
brasileiro. Sua volta levantou a autoestima dos atletas e abriu novos
horizontes para as novas gerações. Aumentou a visibilidade dos
atletas, possibilitando novas possibilidades de patrocínio para eles.
É um recomeço que precisa de tempo para atingir seu antigo patamar.
Quem gosta do esporte como eu, tem que torcer muito por isto.
 
Vida longa ao Super Surf !!

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Até quando você vai surfar?

 

Hoje fui fazer uma sessão de surf com meu filho. Ensinando a ele agora com 17 anos e depois de muito querer que ele aprendesse. Mas fiquei pensando…nunca é tarde pra alguém aprender a surfar.

Dentro da água dois caras conversavam sobre família, vida , responsabilidades .

Um dizia que ia aproveitar o máximo pois daqui a pouco iria parar de surfar. Mulher, filho e trabalho.

Cada um tem seu tempo, pensei. E o meu quando será?

Perto dos 49 com quase 40 anos de surf ( isso mesmo você leu certo), ainda me considero um jovem. Quando Marcelo Andrade fica dizendo que temos a síndrome de Peter Pan, vejo com naturalidade essa síndrome provocada pela maresia.

Aos meus amigos que ainda surfam, estamos com dores na lombar, problema no joelho e capsulites adesivas ( ombro duro). Todos temos nossa dores . Fico feliz em ver Taiu rindo como criança quando voltou a sentir a sensação de deslizar em uma onda.

Fico feliz de ver pessoas com limitações se superando pra surfar.

Quando olho no facebook vejo meus antigos companheiros de classe barrigudos, obesos e com aspecto de pessoas velhas. Não que o surf seja o caminho para a longevidade, mas é um grande ajudante.

Sim fizemos opções na vida. Umas certas outras erradas. O de me manter com as sobrancelhas salgadas eu não me arrependo. O surf é a cura de muitos males.

Agora que você leu até aqui… lembra daquela mar clássico que você pegou? Lembra do dia que levou seu maior caldo e sua maior vaca? Lembra aquela sensação de liberdade e felicidade? Pois é….

Me diz até quando você vai surfar? Por favor não pára. Mantenha seu corpo salgado. Você merece.

E é por isso meus amigos que apesar de nesse próximo feriado de finados haverem muitas homenagens aos mortos, eu gostaria que vocês refletissem sobre a celebração da vida. Quando você for surfar da próxima vez externe sua gratidão pois é assim que você celebra a vida. Aloha

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Filipe Toledo “ Surfen to Perfection” ou a síndrome de Ayrton Senna.

Por Jader Almeida

Filipinho sai chateado após uma apertada derrota para o wildcard local Maxime Huscenot na etapa francesa do Circuito Mundial . Precisava apenas de uma nota 1,24 para virar o jogo. Mais uma bateria decepcionantena temporada. Em outra delas saiu da água sem surfar uma única onda no Tahiti. Foi o suficiente para que um Global Storm de críticas se espalhasse pelas redes sociais.

Mas não se enganem. Filipe Toledo é dos melhores surfistas do mundo da atualidade. Um dos melhores competidores também.

Estudando as estatísticas do circuito , vemos que se o atleta atingir o limiar de duas notas 6,0 por bateria garante-se eternamente na zona intermediária da tabela. Alguns atletas , que elegantemente não vou citar, parecem abusar dessa tática . Não é o caso de Filipe. Ele é um surfista Extra-ordinário. Um fenômeno . Suas performances alargam o alcance da nota 10.

Ele é Herdeiro de uma família que tem o esporte em seu DNA , uma ligação tão estreita que são conhecidos como a Toledo Surf Family , todos em casa respiram os mesmos ares e seu pai ( e técnico ) ostenta dois títulos brasileiros e o respeito nos meios competitivos do esporte.

Representante de uma geração que baseou o nível de performance através do vídeo , ele é dos que melhor traduz essa abordagem em situações de competição , explicitando seu grau de confiança, e a total adequação `as expectativas da audiência atual. Parece buscar sempre a nota máxima.

Nós adoramos ver o garoto extrapolar os limites nas baterias , esperamos isso dele, cobramos inconscientemente suas atuações quando deveríamos apenas torcer pela evolução de seu desempenho.

Calma com o garoto, a experiência vai chegar. De minha parte espero que continue buscando excelência em performance ao invés de buscar uma nota 3,5 ou 4,0 para passar a bateria. Temos um campeão mundial em potencial.

P.S 1 / França – segunda fase.

Como efeito comparativo vemos que o campeão Parkinson somou 2,86 em sua bateria , o havaiano Dusty Payne a incrível media de 1,33, AritzAranburu 1,93 …. ressalva feita a Kelly Slater , o único a se destacar nas difíceis condições do dia.

P.S 2 / Retrospectiva Filipe Toledo 2015

– 3 vitórias nos principais campeonatos do ano , 2 no CT e um no QS 10 mil em Trestles.

-Atualmente na terceira colocação no circuito principal, ainda com chances de título.

– Atleta mais jovem do referido circuito

#gofilipe

Filipe Toledo executa as manobras aéreas com muita precisão

Filipe Toledo executa as manobras aéreas com muita precisão

Chutometro das ondas 09-10

Sábado dia 10 – Aproximadamente meio a 1 metro, ondulação de leste e vento norte fraco passando a sudeste a tarde. Melhores condições : Prainha

Domingo dia 11 – Meio a 1 metro, subindo mais a tarde. Ondulação de sudeste e vento oeste fraco, passando a sul moderado a tarde. Melhores condições; Meio da Barra, Reserva e Macumba

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