Parabéns Daniel Friedmann

LENDA DO SURFE BRASILEIRO, DANIEL FRIEDMANN COMPLETA 59 ANOS/ Por Pedro Falcão

27 de fevereiro. Hoje é o dia do aniversário de um dos precursores do surfe brasileiro profissional: Daniel Friedman, que completa 59 anos.

Daniel é da geração do Rico e Bocão, tendo como característica o estilo e a competitividade. Arriscaria a dizer que se existisse o Circuito Brasileiro Profissional no final dos anos 70 ele seria sério candidato a campeão, pois surfava a frente de seu tempo.

Friedmann começou a surfar em 1968, ainda em pranchas de madeira. Nova anos depois venceu o Waimea 5000, etapa brasileira do Circuito Mundial, em 1977. O primeiro a sentir o gostinho, renovado por Fábio Gouveia e, agora, eternizado por Gabriel Medina. Daniel competiu muito, conquistou títulos como junior, profissional, master e longboarder. Em todo o país e também no exterior.

Por alguns anos Daniel Friedmann dominou o cenário competitivo no país. Talvez por isso foi um dos primeiros surfistas a ter o patrocínio de grandes marcas, como Brahma, US Top e New Man. Depois retribuiu o apoio patrocinando alguns surfistas da geração seguinte, como o também talentoso Fred d`Orey.

Daniel não só fez sucesso dentro d´água, mas transitou e ainda transita em outras áreas do esporte, como a surfwear (com a Pro Surf, fundada em 1979), a organização de eventos e a fabricação de pranchas, que começou em 1973 e continua até hoje. Daniel é reconhecido principalmente entre os longboarders e seu mestre foi ninguém menos que o big rider e shaper George Downing, um dos mestres nas linhas das pranchas nos anos 60.

Continua surfando e sua oficina está a poucos metros da praia da Macumba, onde bate ponto sempre que o swell se aproxima do litoral carioca. Hoje, quando a atual elite do surfe mundial passa pelo Brasil lá está ele emprestando sua experiência dentro e fora da água fazendo parte da direção de prova da etapa brasileira da primeira divisão do surfe mundial.

Que tenha vida longa e que seu legado para o esporte seja sempre reconhecido.

Daniel Friedmann é um dos grandes nomes da história do surf brasileiro. Foto ; Arquivo Alma Surf

Daniel Friedmann é um dos grandes nomes da história do surf brasileiro. Foto ; Arquivo Alma Surf

Chutômetro das ondas 28-02

Sábado dia 28/02 – Aproximadamente meio metro, com ondulação de sul e vento oeste fraco pela manhã, passando a sudoeste moderado no meio do dia. Melhores condições : Prainha e Grumari.

Domingo dia 1/03 – Meio a um metro, subindo de sul/sudoeste rapidamente ao longo do dia. Pode chegar a 1,5 metros , com series maiores em algumas praias. O vento será nordeste fraco pela manhã, passando a leste forte a tarde. Melhores condições : Canto direito da Prainha, canto direito e Grumari e canto do Recreio antes do leste entrar forte.

Foto Minduim Foto Minduim

A espera acabou

O início de ano começa com grandes expectativas para os brasileiros no circuito mundial de surfe profissional. Depois da ressaca de comemorações pelo título de Gabriel Medina, todo e qualquer cidadão tupiniquim chega com peito estufado nas discussões de bares, rodinhas de praia e imagina o blablabla nos picos de surfe pelo mundo a fora. Agora somos os melhores. Jean da Silva reforçou o discurso após passar sua bateria no Australian Open of Surfing. O brazuca citou a conquista de Medina e a consequente euforia de confiança gerada em todos atletas e não atletas pela façanha.

A expectativa é grande porque com as mudanças da ASP para WSL, vários pontos foram desenvolvidos para trazer a experiência do surfe competitivo para o cliente surfe com mais veracidade. O cliente surfe é você aí sentado atrás do computador lendo isso. Você consome surfe e faz a roda girar. Tudo bem que a roda aqui no Brasil anda meio furada, mas a roda que exportamos está rodando perfeitamente. Digo, só para os estrangeiros e mercado participante da elite mundial.  Na América do Sul o que se vê são bocas abertas para consumir todo o conteúdo / produtos da WSL. Uma população ávida para torcer por disputas mais acirradas, usando suas bandeiras coloridas a tremular por decisões que beneficiem o seu time, assim como fazem nos esportes coletivos, preferência da massa latina. Para os surfistas daqui, esses ganharam um novo ânimo em geral e arrisco dizer, uma “marra”, quando se identificam em picos fora do país onde tradicionalmente eram mal vistos ou prejulgados. Ainda são e serão por muito tempo, mas agora com mais respeito pois são do país do Medina, o campeão mundial.

Equipe brasileira pronta para a batalha. Foto: Facebook Gabriel Medina

Equipe brasileira pronta para a batalha. Foto: Facebook Gabriel Medina

Esse credito veio quando Medina passou o cartão nos gringos e adquiriu com puro talento o troféu da WSL. Um simbolismo mas que pode ser a mola propulsora de um rolo compressor em linha de produção de outros campeões. Estes dividirão seus méritos por este mercado sedento por vitórias, já abatidos por uma geração sem vitórias, por perdas de grandes nomes e com problemas ecológicos nas praias onde praticam o surfe.

Na espera de um grande ano já ouvi muitos comentários sobre que surfista vai se dar bem aonde e quem são os favoritos. No Brasil acho que o mais esperado é uma segunda vitória do Medina e um melhor desempenho na ocupação de vagas no top 10 da WSL. Talento e disposição não faltam, visto que este ano o Brasil tem o mais preparado time de surfistas para disputa de títulos de todos os tempos. O verdadeiro brazilian storm vai começar a passar agora no campo adversário. Temos desde o crédito do campeão do ano passado, assim como a liderança sabida e acordada sobre o melhor surfista de aéreos do mundo no nome de Felipe Toledo. Sendo assim o resto do grupo usará da experiência das vitórias do Mineiro, com a visão inovadora do novato Italo Ferreira, com a raça de Jadson Andre e as constância de de Wigolly Dantas. Esse mix formará uma camada sólida que acredito ser perfeita no top 10 do circuito mundial.

Especulações a parte, quando a sirene tocar tudo pode mudar de figura e o atleta favorito hoje pode sentir o nervosismo juvenil, e o novato pode ganhar o brilhantismo e sorte de um veterano. As datas já foram marcadas, a mãe natureza deve cooperar como sempre, e os dados serão lançados no tabuleiro marinho que sempre prega peças nos desavisados e premia os preparados. Hoje estamos na frente, mas 2015 teremos muito conteúdo parar digerir e dar a resposta ao mundo, com apoio e suporte maciço pelas rede sociais, onde somos muitos. Os nomes mudaram mas a espera finalmente acabou. Amanhã se  inicia o período de espera  do Quiksilver Pro.Vai Brasil!

Gabriel Medina luta pelo bicampeonato em Snnaper Rocks. Foto: WSL/ Divulgação

Gabriel Medina luta pelo bicampeonato em Snnaper Rocks. Foto: WSL/ Divulgação

Chutometro das ondas 13-02

Sábado dia 14 – Aproximadamente meio metro, com ondulação de sul, e vento norte fraco, passando para sudoeste na parte da tarde. Melhores condições : Prainha e Grumari

Domingo dia 15 – Aproximadamente meio metro, com ondulação de sul/ sudeste, e vento norte fraco, passando para sudeste na parte da tarde. Melhores condições : Prainha e Grumari

Segunda dia 16 – Um metro series maiores, com ondulação de sudoestel, e vento sudoeste moderado todo o dia. Melhores condições : Prainha e Grumari

Terça dia 17 – Um metro series maiores, com ondulação de sul, e vento leste fraco, passando para sul na parte da tarde. Melhores condições : Macumba, Prainha e Grumari

Quarta dia 18 – Meio e um metro, com ondulação de sul, e vento nordeste moderado, diminuindo ao longo do dia.. Melhores condições : Barra da Tijuca, Macumba e Grumari

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Foto: Minduim

Crowd de Verão

Tenho acompanhado o novo programa do Canal Off, Crowd Zero, e confesso que me dá uma certa inveja dos três catarinenses que pegam ondas boas sozinhos. O verão é uma época de poucas ondulações e quando elas aparecem a concorrência é fortíssima. Não falo nem de ondas boas, mas de qualquer tamanho acima de meio metro. Aqui no Rio, uma das maiores surf cities do mundo, a quantidade de surfistas na água é algo desesperador. Para aumentar o stress, existe um pouco de falta educação da galera dentro d’água . Como encarar essa situação ? Uns afirmam que o negócio é acordar a noite e chegar no pico com a primeira luz do sol. Outros defendem a paciência e a escolha de picos mais abertos, com maior possibilidade de acolher melhor o crowd. O surf, um esporte que deveria ser prazeroso, se tornou uma batalha pelas ondas no verão carioca. Lembrando que em mar pequeno, as escolinhas, os sups, e os adoradores de marolas, aumentam o contingente significativamente.

Outra coisa que piora muito a situação, para os moradores da cidade maravilhosa ( ? ), é a procura por uma vaga para estacionar. No verão se você não chegar cedo vai ficar sem lugar para seu carro, tamanha é a busca da população para ir a praia. Depois das 8:30 a coisa fica bem preta. Na Prainha a cancela de entrada fecha e não entra mais ninguém. Além disso, se não for cedo vai ter que ficar desviando de banhistas que adoram ficar na frente das pranchas. Imagino que o sonho deles seja levar uma bicada na cabeça. De qualquer forma, a vontade de surfar é tão grande que encaramos isso tudo com normalidade.

Sou fã das colunas do Fred D’Orey, e entendo sua angustia com o crescimento de surfistas no mundo todo. A filosofia do esporte não combina com o crowd mal educado que encontramos nos picos. Nem se fosse bem educado combinaria, pois é uma questão puramente matemática. A conquista de Gabriel Medina, e a consequente exposição na mídia, é um fator multiplicador que assusta ainda mais os apavorados com crowds. Como vamos conseguir tanta onda para essa explosão demográfica de surfistas ? Será que existe solução ?

Muitos acreditam que um pouco de localismo coloca uma certa ordem no pico. Sou contra qualquer forma de agressividade e violência, mas em algumas ocasiões, (poucas) o localismo é uma forma de organizar a desordem, que chega a situações caóticas. Um  amigo meu afirma que o localismo é coisa de gente egoísta e babaca, que quer tomar posse de um lugar público pela força. Concordo com ele, mas comecei a pensar nos meus amigos mais próximos e constatei que quase todos são egoistas dentro d’água, o que mostra uma falta de educação quase generalizada. As vezes o local é mais educado que seu amigo mais próximo. Não estou defendendo o localismo, de forma nenhuma, mas é uma reflexão que estou tendo escrevendo esse texto, e gostaria de compartilhar. Cada caso é um caso, mas com localismo ou sem localismo, vejo muita gente reclamando das disputas nos picos.

A conclusão que chego é que como não há solução imediata, e o melhor é todos melhorarem um pouco na educação, diminuírem  um pouco o grau de egoísmo e curtirem o surf de forma prazerosa. Afinal, um pouco de camaradagem ajuda a melhorar o astral de todos.

No verão o número de pessoas que frequentas escolinhas aumentam muito o crowd.

No verão o número de pessoas que frequentam as escolinhas aumentam muito o crowd.

Chutômetro das ondas 06-02

Sábado dia 7 – Aproximadamente meio metro, com ondulação de sudeste, e vento fraco de oeste, passando a sul mais moderado. Melhores condições : Reserva , Prainha e talvez a Praia do Diabo, no momento que o vento aumentar de sul.
Domingo dia 8 – Meio metro, com ondulação de sul, e vento fraco de nordeste, passando a sudeste mais moderado. Melhores condições : Reserva , Barra da Tijuca e Grumari.

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