De Olho no Tour – Todos de olho na etapa da França

Confira o episódio de número 42 do programa “De Olho no Tour”. Em “Todos de olho na etapa da França” os especialistas em surf Marcelo Andrade e Marcelo Boscoli falam sobre a nona e antepenúltima etapa do CT 2016, que acontece entre os dias 4 e 15 de outubro nas ondas de Hossegor.

Julgamento, previsão das ondas, o que esperar dos brasileiros e dos líderes do ranking entre outros assuntos fazem parte deste novo episódio.

Mas a etapa de Trestles não foi esquecida e Boscoli, que estava na Califórnia onde fez a transmissão ao vivo em português para a WSL e que não participou do último episódio do “De Olho no Tour”, também deu sua opinião sobre as polêmicas da prova norte-americana.

Assista:

A apresentação é de Carlos Matias.

Imagens: WSL e De Olho no Tour.
Edição: Carlos Matias.
Música: Pennywise – As Long As We Can.

De Olho no Tour – Qual o critério?

O episódio de número 41 do programa “De Olho no Tour” trata sobre a polêmica etapa de Trestles, oitava competição do CT 2016 para os homens e sétima para as mulheres.

Para esse episódio convidamos o juiz de surf Rubens Goulart, que tem mais de 20 anos de experiência, com muitos campeonatos no currículo, incluindo etapas do CT como a de Tresltes, e da França.

Rubens e Marcelo Andrade, também especialista em surf, falam sobre a performance dos atletas e principalmente a respeito dos resultados de algumas baterias, como a de Gabriel Medina e Tanner Gudauskas, que gerou enorme repercussão no mundo do surf.

A apresentação é de Carlos Matias.

ROUBALHEIRA!!!!

Todos sabem que sou um dos poucos jornalistas brasileiros que evita o termo “roubar” quando se fala no polêmico assunto julgamento nas etapas da WSL. Mas depois de assistir a nota dada pelos paralímpicos juízes “cegos” do palanque montado em Trestles, Califórnia, na bateria do Round 3 entre Gabriel Medina e Tanner Gudauskas fica impossível defender qualquer head judge, juiz, dirigente ou quem estiver envolvivo e não achar que foi uma das maiores roubalheiras já vista no surf profissional.

O título de campeão mundial de Gabriel Medina foi fundamental para a retomada do crescimento do surf nacional. Foto: WSL

Gabriel foi garfado em Trestles sem piedade.

A comparação entre dois rivais, de backside, é muito fácil para qualquer leigo. Ainda mais em ondas boas e longas como esta direita de San Clemente. Não tem como duvidar que a onda onde Gabriel recebeu a mísera nota 8,30 foi disparada a melhor da bateria. Manobras fortes, muita água pra fora (o que caracteriza a prancha indo no lugar mais crítico da onda), aproveitamento até o final, enfim a onda surfada pelo brasileiro merecia ao menos um 9, o que seria mais do que necessário (precisava de 8,34) para virar a bateria e ficar em ótima posição para avançar de fase e ter a chance de ultrapassar John John Florence na liderança do ranking.

Não acredito em mau julgamento desta vez. Não tem como cinco caras e um chefe de juízes serem tão incompetentes assim. Um exemplo desta bizarrice foram os próprios comentários de Barton Lynch, campeão mundial de 1988, não entendendo a nota fora do padrão excelente.

Não acredito em complô para que JJF sagra-se campeão, até porque também achei que as notas 4 dadas à ele, contra Brett Simpson, underscored, mas depois dessa descompensada no julgamento (inclusive prejudicando Matt Wilkinson) fica complicado até debater isso. Não sei quem vai levar o evento, mas que Jordy Smith, Kelly Slater e principalmente Felipe Toledo adoraram a saída dos maiores favoritos ao título de 2016, isso é inegável.

No mais, reciclagem para todos no palanque da WSL, pois desse jeito até a CBF vai se sentir ofendida pela total incapacidade de fazer um bom trabalho.